sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Criação da Vila e do Município de Ribeira da Pombal


Senda vice-rei D. Marcos de Noronha e Brito, 6° Conde dos Arcos, parente por  afinidade do Marquês de Pombal, 1° Ministro de Portugal, em 1758 por Carta Régia de 08 de maio, extinguiram todos os aldeamentos por entrar em conflito com os jesuítas, criando em seu lugar as Vilas.
Canabrava de Santa Tereza de Jesus dos Kiriris, após a lei de 08 de maio passou a se chamar Vila de Pombal. 
O nome de Vila de Pombal foi dado em homenagem ao célebre 1° Ministro, Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Conde de Oeiras (1759), já conhecido por Pombal e mais tarde Marquês de Pombal (1769), que extinguiu todos os aldeamentos com uma lei que ficou conhecida como Lei de Pombal. 
A Carta Régia de 08 de maio de 1758, assinada pelo vice-rei D. Marcos de  Noronha e Brito, 6° Conde dos Arcos, criou a Vila e, posteriormente, o município de Pombal, data comemorativa da publicação do Alvará com força de lei, que tornou extensiva a todos os Estados do Brasil a liberdade concedida aos índios do Grão Pará e Maranhão, estabelecida pelos alvarás de 06 e 07 de junho de 1756, da legislação. Pombalina. 
Até 1760 a antiga aldeia de Saco dos Morcegos, pertencia ao município de Pombal, até que uma lei, ignora-se a data, criou a Vila e depois o município de Mirandela. Em 1837 a lei Provincial n° 51 de 21 de março, extinguiu a Vila e o município de Mirandela, anexando, novamente, n seu território ao município de Pombal.
Em 1848, a capela de Nossa Senhora do Amparo do Ribeira do Pão Grande, que pertencia ao município de Pombal, foi elevada à categoria de freguesia, pela lei  Provincial n° 251 de 09 de maio. Posteriormente, o Ato Estadual de 31 de outubro de 1890 elevou essa freguesia à Vila, criando, seguidamente, o município com o mesmo nome, desmembrando seu território ao de Pombal (é hoje a cidade de Ribeira do Amparo). 
O mesmo diploma que criou a Vila de Pombal, em 1758, instituiu o município no mesmo ano, cuja instalação procedeu-se do Ouvidor de Sergipe, Miguel de Aires Lobo de Carvalho. Em 1931, os Decretos Estaduais n° 7.455 e 7.479 de 08 e 23 de junho, respectivamente, extinguiram o município de Pombal, sendo seu território anexado ao  de Caldas de Cipó, criado pelos mesmos decretos. Em Pombal, que deixou de ser e município, foi criado uma sub-prefeitura, até que o Decreto Lei Estadual n° 8.643 de 19 de setembro de 1933 corrigiu a aberração cometida pelos políticos, emancipando o  município, preservando o mesmo nome, sendo seu território desmembrado do de Cipó.  A reinstalação verificou-se em 10 de outubro do mesmo ano.

 Em 31 de dezembro de 1943, por força de Decreto Lei Estadual n° 141, ratificado  pelo Decreto Estadual n° 12.978 de 01 de junho de 1944, o município teve seu nome  alterado e passou a ser denominado Ribeira do Pombal

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

HISTÓRIA ECONÔMICA REGIÃO RIBEIRA DO POMBAL


A Bahia foi escolhida, no século XVII, para sediar o Governo Geral de Portugal no Brasil. Isso favoreceu as condições de povoamento e prosperidade econômica, permitindo emparelhar a Bahia com Pernambuco e São Vicente.
Nas áreas litorâneas (Salvador, Recôncavo, Ilhéus e Porto Seguro) haviam diversas atividades econômicas.
Mas, e o resto da província?
Faltava povoar e explorar o “Sertão da Bahia” e o “Sertão de São Francisco”.
Isso se deu, primeiro, com o movimento jesuítico para a catequese indígena, ou por outra amansá-los; depois, com as fazendas de gado (currais).
Portugal precisava povoar as terras para que garantisse de vez sua posse.
Dos chamados desbravadores do sertão do Nordeste, o mais famoso foi Garcia D’Ávila, fundador da dinastia dos Senhores da Casa da Torre, numa fortaleza em forma de torre, a treze léguas ao norte de Salvador.
Seus domínios, doados pelo Governador Geral começava no litoral, entrando pelo sertão, Jeremoabo, Sertão de Canudos, Itapicuru, Pombal, chegando ao Rio São Francisco, alcançando Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. Numa área superior a países europeus, como Espanha ou Inglaterra.
O vasto sertão baiano estava habitado por numerosas tribos indígenas. Na região de Pombal, a que nos referimos de agora por diante, viviam os índios Kiriris (ou Cariris), pertencente ao tronco Jê, chamados tapuias.
Os jesuítas localizaram-se em aldeias para a catequese sertão adentro e próximos às entradas que iam de Salvador ao Rio São Francisco, dentre elas, a meio caminho, Canabrava (hoje Ribeira do Pombal) e Saco dos Morcegos (Mirandela).
Os Jesuítas Jacob Rolando e João de Barros lideraram as missões, que a partir de 1666, construíram a igreja em Sacos dos Morcegos, denominada Igreja da Ascenção do Senhor. Depois daí erigindo uma vila, com o nome Mirandela, pois tratavam-se de padres portugueses da região de Miranda.
Em Canabrava edificaram outra igreja, réplica da de Mirandela, com o nome de Igreja de Santa Tereza, e a aldeia passou a chamar-se aldeia de Canabrava de Santa Tereza de Jesus dos Kiriris.
Essa passou a ser a maior aldeia Kiriri conhecida. A Região contou também com as aldeias, seguidas da povoação dos não-índios em Cumbe, Natuba, Tucano, Jeremoabo, Olindina, Bom Conselho, Itapicuru...
Mas a família Garcia D’Ávila, considerava os índios propriedades suas (para a escravidão) por estarem estes em “suas” terras chegando a terríveis impasses junto aos padres, que os consideravam “propriedades” da Igreja.
Esse impasse chegou à guerra, onde num a to de covardia o Senhor Garcia D’Ávila matou quatrocentos índios já rendidos. Os índios homens, sobreviventes, foram levados para Salvador, como escravos.
partir desse episódio, os Kiriris, sentindo-se próximos demais do perigo que vinha pela estrada, aos poucos foram se mudando para a aldeia vizinha, Mirandela, onde a população cresceu bastante.
A região de Pombal, por estar no meio do caminho entre Salvador e o Rio São Francisco, rota de tropeiros, aventureiros e outros viajantes, servia de parada para repouso, principalmente a aldeia de Canabrava.
A ocupação da região foi feita por frentes pastoris e inúmeras fazendas de gado instaladas, a começar das margens dos rios.
Verificava-se o confronto entre os índios e os posseiros de maneira violenta em constantes massacres de ambos os lados, por gerações seguidas.
O mesmo se verificava nos arredores dos outros aldeamentos, em Cumbe (Euclides da Cunha), Natuba (Nova Soure), Cipó, Itapicuru, Jeremoabo...

O ENGENHO



O monopólio da terra sempre foi e é um dos grandes males do desenvolvimento econômico do Brasil, cujas origens remontam aos tempos coloniais.
A monocultura, abrigada no seio do monopólio da terra, volta-se exclusivamente à produção de alguns produtos, castrando brutalmente o crescimento das forças produtivas. Por mais de três séculos, baseou-se no regime do trabalho escravo, que se levantou como uma barreira à propagação do trabalho livre.
Acompanhando esse atraso semi-feudal, Pombal não fugiu à regra de muitas cidades da época e até o final do século XIX era dominado pelos "donos de engenhos". A riqueza e o poder dos "senhores de engenho" (os coronéis) eram baseados no regime de grandes propriedades e vastas plantações de cana-de-açúcar nos campos.
A movimentação do trabalho para fabricação dos derivados de cana-de-açúcar (no caso de Pombal, a rapadura) e a ostentação dos donos dos engenhos, era feita através da exploração da mão-de-obra escrava negra, geralmente trazida da costa da África, visto que os índios do Brasil não Se adaptaram às condições de trabalho a que eram impostos.
Em Pombal, as grandes plantações de cana-de-açúcar estendia-se por todo o território do "brejo", grandes dimensões de áreas plantadas. O principal detentor de todo esse império dominante da época foi Antonio Ferreira Britto. Por sua posição como grande latifundiário, era conhecido e tratado por "Coronel Ferreira Britto", como era costume do período.
Uma das principais causas que contribuíram para a queda dos donos de engenhos foi a seca que predomina no sertão. Além disso, uma série crise de estrutura minava a economia agrária nacional. O regime escravagista dera o que tinha que dar vivia nos últimos alentos. Esse mal foi agravado com a promulgação da Lei de 13 de maio.
A queda dos senhores de engenho coincidiu com a queda do próprio Império e com a Abolição da Escravatura, surgindo uma nova classe: a dos usineiros, para a produção do açúcar.
A classe dos donos de engenho passa a planos secundários: sobrevive ainda, mas à sobra da usina em situação agônica, que duraria muitos decênios.

                       A REGIÃO HOJE
               Hoje, a região de Ribeira do Pombal é um promissor entroncamento entre a capital e a região do São Francisco; e entre Sergipe e o Sertão, envolvendo os municípios de Banzaê, Cícero Dantas, Antas, Sítio do Quinto, Jeremoabo, Quijingue, Tucano, Ribeira do Amparo,  Caldas de Cipó, Nova Soure, Olindina, Itapicuru, Heliópolis, Fátima, Adustina, Novo Triunfo e Paripiranga.

                    INFORMAÇÃO SÓCIOECONÔMICA

                    DEMOGRAFIA

A população residente na região de Ribeira do Pombal, segundo estimativas do IBGE está em torno de 450 mil pessoas.
A densidade demográfica é de 22,72 hab/km2

          MÃO- DE- OBRA

              De toda a população economicamente ativa, próxima de 125 mil pessoas, cerca de 65% trabalham nas atividades agrícolas, 20% no comércio, 2% na industria e 13% nas demais atividades.

          RENDIMENTO MÉDIO MENSAL DA POPULAÇÃO

 Prevalece o rendimento de um salário mínimo, para cerca de 40% da população economicamente ativa, seguidas das faixas salarial de 1 a 2 e de 2 a3 salários mínimos.

BANCOS

          Os serviços bancários estão presentes nas cidades da região através do banco do Brasil (12 agências), Banco do Estado da Bahia (08 cidades), Caixa Econômica Federal (01 cidade), Banco do Nordeste do Brasil (01 cidade), Bradesco (01 cidade).
Em Ribeira do Pombal existe: O Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e Bradesco.


INFORMAÇÕES ECONÔMICAS
AGROPECUÁRIA

             CULTURAS



           A região de Ribeira do Pombal tem como principal produto o feijão, sendo a segunda região produtora do Estado da Bahia, perdendo apenas para a região de Irecê. O município maior produtor da região é Adustina, porém o feijão é faturado em Pombal para ser comercializado.
Segue ao feijão, a mandioca, cultura nativa cultivada desde a época dos Kiriris. Depois vem o milho, castanha do caju.
Outras culturas se fazem de menor importância que estas, como: banana, laranja, etc.

REBANHOS

 O rebanho bovino está em maior número. Seguem o ovino, o caprino, o suíno, o asinino e, por fim, o equino.
Apesar da região possuir bom número de gado para corte, uma parte é trazida do sul do Estado para atender ao mercado, principalmente para o município de Pombal.

             PRODUTO ASCENDENTE

             Ultimamente, graças ao trabalho de cooperativa, o mel vem se destacando em demasia no município de Ribeira do Pombal, abastecendo toda a região e até exportando para longínquos lugares.

             INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

               Surge como uma atividade alternativa a indústria do couro no povado de Tracupá, com utilização do couro de Goiás, Ceará, Maranhão e do couro bruto local, para a fabricação de cintos, bolsas, jaquetas, etc., para abastecer vários mercados da região e de outros Estados.
Outra fonte significativa de riqueza é o artesanato, principalmente em Caldas do Jorro e em Caldas de Cipó, nesta última, o trabalho das cooperativas levam os produtos até ao mercado exterior, no MERCOSUL.

             TURISMO

 

              O turismo é tradicional em Caldas do Jorro, Caldas de Cipó e Jorrinho, Estâncias de águas termais, bastante procuradas para lazer e pelas propriedades medicinais da água quente que brota do solo.
Caldas de Cipó chegou a receber personagens históricos, dentre eles: Getúlio Vargas, o então presidente da República.
Ambas localizam-se a 30 km ao redor da cidade de Ribeira do Pombal.           



Rafael Oliveira de Almeida
Fonte: Anuário Estatístico da Bahia
Memória Histórica de Ribeira do Pombal – Fernando Amorim

INFORMAÇÕES ECONÔMICAS, AGROPECUÁRIA E CULTURAS


A região de Ribeira do Pombal tem como principal produto o feijão, sendo a segunda região produtora do Estado da Bahia, perdendo apenas para a região de Irecê. O município maior produtor da região é Adustina, porém o feijão é faturado em Pombal para ser comercializado.
Segue ao feijão, a mandioca, cultura nativa cultivada desde a época dos Kiriris. Depois vem o milho, castanha do caju.
Outras culturas se fazem de menor importância que estas, como: banana, laranja, etc.

              

             REBANHOS


O rebanho bovino está em maior número. Seguem o ovino, o caprino, o suíno, o asinino e, por fim, o equino.
Apesar da região possuir bom número de gado para corte, uma parte é trazida do sul do Estado para atender ao mercado, principalmente para o município de Pombal.

             PRODUTO ASCENDENTE


Ultimamente, graças ao trabalho de cooperativa, o mel vem se destacando em demasia no município de Ribeira do Pombal, abastecendo toda a região e até exportando para longínquos lugares.

             INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO


Surge como uma atividade alternativa a indústria do couro no povado de Tracupá, com utilização do couro de Goiás, Ceará, Maranhão e do couro bruto local, para a fabricação de cintos, bolsas, jaquetas, etc., para abastecer vários mercados da região e de outros Estados.
Outra fonte significativa de riqueza é o artesanato, principalmente em Caldas do Jorro e em Caldas de Cipó, nesta última, o trabalho das cooperativas levam os produtos até ao mercado exterior, no MERCOSUL.

TURISMO


O turismo é tradicional em Caldas do Jorro, Caldas de Cipó e Jorrinho, Estâncias de águas termais, bastante procuradas para lazer e pelas propriedades medicinais da água quente que brota do solo.
Caldas de Cipó chegou a receber personagens históricos, dentre eles: Getúlio Vargas, o então presidente da República.
Ambas localizam-se a 30 km ao redor da cidade de Ribeira do Pombal.           



Rafael Oliveira de Almeida
Fonte: Anuário Estatístico da Bahia
Memória Histórica de Ribeira do Pombal – Fernando Amorim